quinta-feira, 7 de março de 2013

1/4


1/4 de século,
300 meses,
9.125 dias,
219.000 horas
sendo eu (ou tentando ser algo bem distante disso)

Tô exausta.  

Tirando os momentos de choro infantil,
os dias dedicados aos amores platônicos e,
minha nossa,
as longas horas em vídeo games e televisões,
o que me resta? 

Não aprendi a esquecer.
Nunca resolvi ou superei qualquer coisa.

A lucidez é minha droga,
uso-a em dosagens desreguladas e irresponsáveis
que há anos tem condenado à abstração
precários e pretensos talentos,
apesar de frágeis alegrias.

Aos 25,
sem saber ou entender,   
resta-me a saudade do futuro
escondido no presente
que o passado sonhou. 

C.S.S., 25 

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