Você
diz que vou me arrepender, pois só você sabe quanto tempo, amor e dinheiro
investiu em nosso relacionamento.
Eu
deveria ser grata, deveria levar tudo isso em consideração. Ainda mais eu, que
nunca fui grande coisa e que, repleta de mágoas passadas, me perco facilmente
no presente, sem qualquer ideia de futuro.
O
que será de mim sem os caminhos que você já desenhou? Como pode alguém querer
abandonar um ser tão iluminado?
Eu
não sei, não é a primeira vez que fico sem saber. Ocorre que “não saber” me
parece bem mais interessante que as suas possíveis respostas.
Se
eu decidi partir, a culpa não é de ninguém. Talvez você seja de fato muito pra
mim, ou talvez eu queira mais do mundo. Talvez eu precise errar para ver que
você estava certo, ou talvez eu conheça outras verdades.
Eu
te amei e dei tudo o que estava ao meu alcance. Se não fui suficiente, esse já
não é mais um problema meu.
Me
ameace, diga que lhe devo, diga o valor, contabilize os prejuízos. Sinta raiva,
me odeie por alguns meses e, se puder, perdoe o meu adeus endividado.
C.S.S., mais uma vez no limite do cheque especial
Nenhum comentário:
Postar um comentário